quarta-feira, novembro 01, 2006

«CANTAR DE MIO CID»



( Autor Anónimo )

CANTAR I

1.

De los sos ojos tan fuerte mientre lorando
tornava la cabeça y estava los catando.
Vio puertas abiertas e uços sin cañados,
alcandaras vazias sin pielles e sin mantos
e sin falcones e sin adtores mudados.

Sospiro mio Çid ca mucho avie grandes cuidados.
Ffablo mio Çid bien e tan mesurado:
"¡Grado a ti, señor, padre que estas en alto!
¡Esto me an buelto mios enemigos malos!"
Alli pienssan de aguijar, alli sueltan las riendas.

2.

A la exida de Bivar ovieron la corneja diestra
y entrando a Burgos ovieron la siniestra.
Meçio mio Çid los ombros y engrameo la tiesta:
"¡Albriçia, Albar Ffañez, ca echados somos de tierra!"

3.

Mio Çid Ruy Diaz por Burgos entrava,
en su compaña lx. pendones levava.
Exien lo ver mugieres e varones,
burgeses e burgesas por las finiestras son,
plorando de los ojos tanto avien el dolor.
De las sus bocas todos dizian una razon:
"¡Dios, que buen vassalo! ¡Si oviesse buen señor!"

4.

Conbidar le ien de grado mas ninguno non osava;
el rey don Alfonsso tanto avie la grand saña,
antes de la noche en Burgos del entro su carta
con grand recabdo e fuerte mientre sellada,
que a mio Çid Ruy Diaz que nadi nol diesse¡n¿ posada,
e aquel que gela diesse sopiesse ?vera palabra?
que perderie los averes e mas los ojos de la cara
e aun demas los cuerpos e las almas.

Grande duelo avien las yentes christianas;
asconden se de mio Çid ca nol osan dezir nada.
El Campeador adeliño a su posada;
asi commo lego a la puerta falola bien çerrada
por miedo del rey Alfonsso que assi lo avien parado
que si non la quebrantas por fuerça que non gela abriese nadi.
Los de mio Çid a altas vozes laman,
los de dentro non les querien tornar palabra.

***

A MAGIA DO PARNASO











O
céu
o Éden,
no sentir
do coração,
mente revelada
corpo transformado,
minha glória e redenção
meu sonho sempre renascido,
p’la montanha mágica escalado,
o meu corpo fez-se humus revoltado!
O
meu
pulsar
sonhador,
com alma pura,
minha desventura
em tristes ais pungentes,
meus versos e meus poemas
tangendo minha cítara ao luar,
meu canto agigantou-se pela dor,
na seara transformada em paz e amor!



Frassino Machado
In
“Odisseia da Alma”

O LIVRO DA NOSSA VIDA

De toda a vida humana há um livro misterioso
qu’a cada um de nós alguém recomendou
dizendo: escreve agora. O tempo que passou
tu o viveste e alguém por ti o fez honroso...

O grito que lançámos na hora foi ‘spantoso,
a liberdade é algo qu’o prazer lançou
de escrever cada dia o qu’a alma sonhou
em páginas dispersas de um viver ditoso.

Há romances, poemas, crónicas e dramas,
há contos, ‘stórias, lendas, fábulas e viagens,
que cada um de nós escreve com paixão...

E quando já ‘stá perto do seu fim, em chamas
gloriosas se levantam suas personagens
coroando o autor com todo o seu clarão !



Frassino Machado
In AS MINHAS ANDANÇAS